quarta-feira, 12 de maio de 2010
Carro mais caro do mundo
Bugatti Type 57SC Atlantic foi leiloado por US$ 40 milhões
EM Nova York - Um Bugatti Type 57SC Atlantic 1936 é o carro mais caro do mundo, vendido por US$ 40 milhões ao Mullin Automotive Museum, em Oxnard, na Califórmia, de acordo com publicação do Wall Street Journal. O carro de maior valor, negociado anteriormente em um leilão público, era um Ferrari 250 Testa Rossa 1957, vendido em Maranello, na Itália, em maio de 2009, por US$ 12,2 milhões.
A venda foi realizada através da casa de leilões Gooding & Company, com sede em Santa Mônica, que confirmou o negócio mas não quis comentar a identidade do comprador ou o preço. “Estou extremamente satisfeito por ter encontrado o novo comprador para a Bugatti de 1936 57SC Type Atlantic, um dos automóveis mais importantes e valiosos do mundo que era de uma coleção particular e raramente visto durante as últimas quatro décadas”, disse David Gooding, presidente e fundador da Gooding & Company, em um comunicado. “Foi um grande prazer trabalhar com a família Williamson e contar com a confiança deles neste importante empreendimento”.
A venda do Bugatti Atalante, como também é conhecido, estaria sendo negociada há algum tempo. Essas operações costumam permanecer em sigilo porque compradores e vendedores geralmente gostam de permanecer anônimos. No entanto, no mundo dos colecionadores de carros comentava-se que depois da morte de Peter Williamson, em 2008, era apenas uma questão de tempo antes que o carro - amplamente reconhecido como o automóvel clássico mais desejável do mundo - fosse vendido.
Bugatti Atlantic 1936 é o carro mais caro do mundo, vendido por US$ 40 milhões Williamson, médico neurologista especializado em epilepsia, acumulou uma espectacular colecção de Bugattis perto de sua casa em Lyme, New Hampshire. Muitos desses carros - fabricados em Molsheim, na França, entre as duas grandes guerras - foram leiloados por Gooding durante um fim de semana em que é realizada a exposição anual de colecionadores, em agosto de 2008. No entanto, o total de vendas de outros Bugattis de propriedade de Williamson - cerca de US$ 15,5 milhões - era a metade, ou menos, do que o preço desse Type Atlantic.
O preço do Bugatti surpreende mesmo para os historiadores automotivos e especialistas. “Este carro tem tudo a seu favor. Além da sofisticação técnica, foi o mais modelo mais futurista construído até aquele momento. Ele é o carro ideal para colecionadores. É lindo, faz bem, muito bem construído, e raro”, disse Leslie Kendall, curador do museu Petersen Automotive, em Los Angeles.
Ele acrescentou que quando o primeiro carro foi vendido por sete dígitos, ninguém conseguia acreditar. Agora foi vendido o Bugatti do Williamson por oito números. E ele acha que é uma questão de tempo, para esse recorde ser quebrado, uma vez que, “cada vez mais, há colecionadores que dão tanto valor a carros, como se dá a arte, vinhos, mobiliário e esculturas”, disse Kendall.
O Atlântic 57SC, ou Atalante, baseou-se no Electron Aerolithe Coupe, um carro construído para o Salão de Automóveis de Paris de 1935. O carro foi projetado por Jean Bugatti, filho do fundador Ettore Bugatti.
O carro da exposição foi feito a partir de painéis de magnésio, que eram difíceis de soldar, assim o carro Bugatti é distinto por suas costuras rebitadas. Já os outros três Atlantics produzidos foram construídos de alumínio soldável, mas as emendas foram mantidas como o projeto inicial. Apenas dois veículos - completamente originais - teriam sobrivivido: o carro de Williamson e outro de propriedade da estilista Ralph Lauren.
O Mullin Automotive Museum, fundado pelo colecionador Peter Mullin, funciona em instalações anteriormente pertencentes ao Los Angeles Times e é dedicado à preservação da cultura francesa e a carros clássicos, a partir de 1930, incluindo marcas como Delahaye, Delage e Talbot Lago. O museu abriu ao público em abril.
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