sexta-feira, 24 de setembro de 2010

HOT HOT HOT E MAIS HOT RODS




Hot Hot Hot

É difícil imaginar: quase 40 mil hot rods e carros históricos reunidos num gigantesco encontro, desfilando ao longo de quilômetros de uma avenida através de várias cidades.
Assim é o Woodward Dream Cruise, o maior evento automobilístico do mundo, que este ano teve sua décima-sexta edição.
A maioria dos carros participantes foi fabricada entre 1950 e 1970, décadas de ouro da indústria americana, anteriores à primeira grande crise do petróleo, dos anos 70. Mas também há modelos mais antigos, até da década de 1920.
Embora haja modelos originais, eles são minoria. Quase todos os carros que vão ao Dream Cruise são personalizados, em maior ou menor grau. Há de tudo, de jipes com motores V8 de 7 litros a caminhões, stations preparadíssimas, picapes, conversíveis, modelos fechados. Outros têm motores à mostra, exibindo sua “musculatura”.
Mais que um desfile, o Dream Cruise é um encontro. Nos vários pontos de concentração, ao longo da Avenida Woodward, que une oito cidades da região de Detroit, os donos dos carros trocam informações, revêem velhos amigos, negociam e, acima de tudo, exibem seus preciosos brinquedos, às vezes frutos de anos de dedicado trabalho de construção.

Cruise - A palavra cruise, em inglês, tem vários significados mas, relativamente ao automóvel, tem a ver com passear, desfilar, sem rumo fixo, muitas vezes ao redor de determinado lugar. Na era pós-Segunda Guerra Mundial, quando Detroit viveu seu apogeu como maior centro produtor de automóveis do mundo, o “cruise” era uma atividade comum ao longo da Woodward Avenue, sobretudo nos finais de semana. De vez em quando, as coisas evoluíam para um racha, quando os donos dos carros mais potentes se desafiavam para mostrar que suas máquinas iam além da mera aparência – mas as arrancadas não iam além do próximo sinal vermelho.
A versão oficial do Dream Cruise surgiu como uma forma de levantar fundos para construir um campo de futebol em Ferndale, a cidade onde hoje o evento termina. O sucesso no primeiro ano, 1995, quando 250 mil pessoas assistiram ao desfile, atraiu ainda mais público nos anos seguintes e, hoje, estima-se que mais de 1,5 milhão de espectadores acorram ao local todos os anos.

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