quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Parabéns Rubens Barrichello!!!!!!
BarrichelloTem gente que critica, chama de pé de chinelo, tartaruga, mas convenhamos!!!
O cara é o cara...300 Gps não é pra qualquer um...
O que faltou foi um titulo mundial...Mas se não vier vale o titulo de Piloto!!! AMOR a velocidade...Isso ele tem de sobra..
Não teve titulo porque a ferrari não deixou...O alemão era o 1º Piloto...
Mas quem viu a ultrapassagem no alemão esses dias sentiu tesão em ser Brasileiro...
Vocês acham que ele precisa correr?? Ele corre por Amor...
Por tudo Isso!!!! Valeu RUBINHOOOOO....
a SEGUIR UMA ENTREVISTA DO RUBINHO
Em entrevista ao LANCENET!, brasileiro fala da marca de 300 GPs e relação difícil com o alemão .
Quando bateu os 256 GPs de Riccardo Patrese na Turquia, em 2008, e se tornou o recordista de provas na Fórmula 1, Rubens Barrichello celebrou a marca mas não quis projetar a corrida de número 300. Depois disso, quase ficou sem cockpit para 2009, brigou pelo título do ano passado e, domingo, no GP da Bélgica atingirá a marca histórica.
Mais do que a estatística, Rubinho comemora o fato de se sentir ainda competitivo na Williams. E, às vésperas da prova, o piloto fez um balanço da carreira e não teve papas na língua ao comentar os assuntos mais polêmicos da sua trajetória. Disse não ter mágoa do hoje desafeto Michael Schumacher, mas disse ao LANCE! que falta caráter ao alemão.
LANCENET!: O que você mudou do primeiro GP ao 300?
RUBENS BARRICHELLO Mudou muito. Como tudo na vida, muda. As nossas opiniões, a maneira de observar os problemas. Esse é o real item que me mantém na Fórmula 1. É a apreciação perante os problemas. Você acha que os problemas existem mesmo e que amanhã vai ser melhor... Na verdade, amanhã tem de ser do jeito que tem de ser. O modo como você encara a vida, como os problemas vão melhorar a tua vida e o que você vai aprender de tudo aquilo. É isso que me deixa tanto tempo na Fórmula 1, com tanta vontade. A última ultrapassagem mostrou para mim que ainda existe aquela vontade. Não é porque era o Schumacher. Não foi vitória nenhuma, foi um décimo lugar. Comemorei a conquista de um ponto em cima de um cara que tem uma História muito mal falada no Brasil. O negócio é lutar por qualquer coisa, sorrir! Vale muito pena nessa Fórmula 1 tão aguerrida, com tempos tão próximos, aquela motivação para conduzir. Senão, é a hora de ficar em casa.
LNET!: Você levou um choque ao chegar à categoria com 20 anos?
RB: A Fórmula 1 para mim sempre foi um sonho. Não tinha nada de "tinha de ser melhor". Tive a sorte de guiar com Ayrton Senna na mesma pista, foi um sonho. Você acaba caindo na realidade do meio da Fórmula 1 quando deixa de assinar com uma equipe porque as condições não eram boas e porque a Jordan te colocou lá, e em 1996 eu já não era o pilotinho querido e me vi no meio de um buraco negro em que eu não sabia o que fazer. A sorte é que apareceu a Stewart no momento certo, e ali foi o meu renascimento. Prometi que não cometeria os mesmos erros. Já tinha quatro anos de experiência, ali recomecei minha carreira e hoje estou aqui por causa daquele momento de Stewart.
LNET!: Você se arrepende de alguma coisa?
RB: Eu sou uma pessoa que acredita que uma História está escrita, mas você pode mudar o seu destino com as decisões tomadas em momentos cruciais. Eu gostaria de escrever a mesma História da forma como foi, mas eu tomei depois de oito voltas de um bate-papo longo com a equipe na Áustria porque fui ameaçado no sentido de uma palavra crucial que me fez pensar "será que eu tenho de pensar mesmo nessa situação?", "será que não vou guiar mais pela equipe?"... Foram tantas coisas que se passaram na minha cabeça que achei que, deixando de ganhar aquela prova, ganharia umas dez, 20 no futuro porque, a equipe fazendo uma coisa tão feia como aquela, me daria outras situações para a frente. Não aconteceu. É a única coisa na vida que eu não faria de novo. Na segunda-feira vi que aquilo era uma grande jogada. Daí, você me pergunta por que fiquei lá. Fiquei porque não tinha um carro melhor. Discuti com todas, mas a Ferrari era muito superior.
LNET!: Como você analisa o jogo de equipe na F-1?
RB: Eu também gostaria de não ver mais aquilo, mas a ordem de equipe sempre existirá numa Fórmula 1 em que o título estiver em disputa a duas provas do fim. Agora, essa ordem numa sexta corrida precisa ser modificada, não deveria existir. É realmente ridículo.
LNET!: Você acha que a F-1 é mais negócio do que esporte?
RB: Não mesmo, porque a gente vê coisas que aconteceram no passado, estou até interessado em saber o que vai acontecer. Mas a decisão será muito tarde, deveria ter sido tomada na hora. Não acredito nessa coisa de juiz está pago, nunca vi na Fórmula 1. Nunca vi isso. Todas as equipes e pilotos têm no contrato claramente que se você não tiver mais condições, tem de ajudar a equipe. Isso existe, mas é perante algumas situações. Não numa sexta prova do campeonato.
LNET!: O que foi feito na F-1 e você discorda?
RB: Não teria trazido o pneu com sulco, foi o grande erro da F-1 porque perdemos uma aderência mecânica muito grande. Até mandei uma carta para o Max Mosley dizendo que quebrou uma suspensão minha num teste, o carro começou a rodar e pensei que não seria uma grande pancada, mas foi muito forte porque o pneu não estava no chão porque não havia aquele arrasto. Mas de resto é errando que se acerta. Vai ter gente falando que com tanque cheio a corrida vai ser melhor e tal. Hoje em dia sou da opinião de que não existe o certo ou errado. O que é certo para você não é certo para mim. Temos de dar a opinião construtiva para melhorar.
LNET!: Qual o momento mais difícil tecnicamente que você passou?
RB: A que me causou mais dificuldade foi quando eu peguei o pneu Michelin na Honda, em 2006. Aquele pneu era muito diferente para o meu estilo de guiar, quando ele esfriava parecia que eu estava andando no gelo. Era muito difícil. Depois de cinco ou seis provas, aprendi.
LNET!: A segurança avançou muito, mas dizem que as pistas ficaram monótonas. Concorda?
RB: O prazer se encerra no momento em que a coisa fica perigosa. Todo piloto quer essa adrenalina entre o perigoso e o seguro. Você não vai encontrar tudo em todas as pistas. Vieram me falar que a pista de Abu Dhabi parecia tão legal, mas a corrida foi chata. Se a prova tivesse sido no início do ano, os carros não estariam desenvolvidos e veríamos mais ultrapassagens mas no fim do ano os carros não evoluem mais. O piloto vai querer sempre uma curva Eau Rouge, mas hoje ela é feita de pé embaixo até na chuva. A GPDA ajudou muito para melhorar o nível do circuito.
LNET!: O que você mudaria no regulamento da Fórmula 1?
RB: Tenho credibilidade para falar, mas é cada macaco no seu galho. Como piloto, tenho de estar pronto para qualquer tipo de regra. O regulamento vai ser mudado sempre. A Fórmula 1 quer ultrapassagens, mas não fáceis. Na Indy, há muitas ultrapassagens, mas você não pode fechar a porta.
LNET!: O que você acha de Jean Todt na presidência da FIA?
RB: Posso ter tido divergências, mas, sem o Jean Todt atrás da mesinha dele organizando a Ferrari daquela forma, ela nunca mais será igual. A Ferrari tem suas dificuldades, porque o Jean era um comandante. Então, quanto a isso, a Ferrari está em boas mãos.
LNET!: Jean Todt vai influenciar no julgamento da Ferrari?
RB: É polêmico demais para responder.
LNET!: Você puniria a Ferrari?
RB: Vou dar um exemplo de pista. Se um cara te fecha e não houver uma punição, vai haver novamente.
LNET!: Como você se sente na Williams?
RB: Eu me senti em casa em todas, mas criei um ambiente muito legal na Williams. Tenho mecânicos bons, um engenheiro muito bom, e nunca fiquei tão feliz de ver um sorriso na vida como aquele do Frank Williams por ele ser um lutador. Quero encerrar minha carreira lá, a Williams merece ganhar novamente e eu mereço ganhar novamente. Se surgir um carrinho melhor, estou bem preparado.
LNET!: Quando você acha que a Williams vai ganhar de novo?
RB: A evolução que tivemos foi notável. Na Turquia lutávamos pela 15ª posição e era ruim. A partir do momento em que a gente conseguiu seguir a linha que eu falei para o túnel de vento, as coisas começaram a melhorar demais. Não são os meus detalhes que estão fazendo apenas eu melhorar, mas também o companheiro de equipe e o rumo do time.
LNET!: Massa acertou ao abrir passagem para Alonso na Alemanha?
RB: Como amigo, ele mesmo já declarou que não faria de novo, mas não existe nunca, temos de tomar cuidado com as decisões. Achei que a Ferrari nunca mais faria aquilo, não é culpa dele.
LNET!: Você um dia pensou que fariam isso com você?
RB: Em 2001 saí daquele carro e eles disseram que se fosse pelo primeiro não aconteceria. Por isso falei que não iria passar (em 2002). Tanto é que foi na última curva porque a palavra não foi muito legal.
LNET!: Como foi a relação com Schumacher na Ferrari e como é hoje?
RB: Ele era uma pessoa com que eu trabalhava junto, e era meu interesse tê-lo por perto como amigo para que aquela situação fosse boa. Nunca fomos amigos, éramos colegas de trabalho e dividíamos o mesmo papel. É uma pessoa até engraçada fora do trabalho, consegue ter um bom humor. A partir do momento em que vi que o cara não fazia questão de ser amigos e que precisava de pessoas babando ovo, não me interessei mais.
LNET!: No que ele se diferenciava dos demais?
RB: Ele era extremamente competitivo, extremamente. Ele foi competente em organizar as coisas para ficarem do lado dele. Não era ele o cara que ficava lá, eu ficava lá até mais tarde do que ele na pista, mas as pessoas faziam um trabalho excelente para ele. Ele teve a competência de chamar as pessoas para a equipe e devolver aquilo com um excelente trabalho dentro da pista.
LNET!: Como você o definiria?
RB: Falta caráter.
LNET!: É possível ter amigos na F-1?
RB: Graças a Deus, sou um bonachão que gosta de tirar sarro. Outro dia, entrevistaram o Bruno Senna e ele disse que o mais louco de nós brasileiros era o Rubinho. Tenho amigos, sim. Na hora que a gente fecha a viseira, não tem para ninguém, você vai estar vendo o maior inimigo. Fora os brasileiros, me dou bem com o Mark Webber, um baita cara legal, o Sebastian Vettel. O Jenson Button continuou um grande amigo.
LNET!: Para quem então você vai torcer no campeonato deste ano?
RB: Eu diria que está muito disputado. Os seis primeiros ainda têm chances. Como carro, não há discussão que a Red Bull tem o melhor, e vai demorar um ano para alguém igualar. Pelo carro, ganha alguém da Red Bull.
LNET!: E como analisar a marca dos 300 grandes prêmios?
RB: Não penso em números, é impressionante, parece que estou te enrolando (risos). Estou chegando no 300 com muito orgulho, vai ser uma grande comemoração. Minha meta é ser campeão e tirar o melhor proveito de mim e do carro enquanto sou eficiente.
LNET!: Vai ter pique para chegar a 20 temporadas de Fórmula 1 (em 2012)?
RB: Com esse meu pique de hoje... (risos). Mas vou enquanto tiver esse tesão de correr.
LNET!: E quando sair da F-1?
RB: Eu gosto da Stock, vejo amigos fazendo. Vejo o Burti se divertindo. Não acho que vou conseguir ficar muito tempo fora de um carro de corrida. Quando parar, eu vou querer descansar um pouco, com certeza.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário